Reflexão sobre o sim e não.

Texto escrito em 26/05/2020.

Constantemente, vivemos num mundo em que muito nos é apresentado, constantemente recebemos estímulos de muitas coisas, muitas oportunidades. O instante da escolha é exatamente aquele momento em que você se depara com mais de uma opção de atos a serem realizados e, você deve agir para um desses lados. Não obstante, fazer uma escolha muitas vezes requer escolher entre o sim ou não. A escolha nos leva a uma decisão, que pode nos motivar a mudar, ou não, nosso comportamento, uma escolha bem feita nos levará a uma decisão positiva e por conseguinte, uma ação agradável.

Escolhas entre sim, positivas/aceitar, e não, negativo, negativo/recusar.
Certamente nos momentos de escolhas nos deparamos com o dualismo entre recusar e aceitar. Mas será que realmente são duas coisas opostas? Ou são iguais? Não é difícil de se observar que na verdade, quando se trata de uma escolha, sim e não são coisas muito próximas. Isso se dá pelo fato de que um implica no outro, a explicação para isso se dá nas limitações físicas e geográficas presentes em nosso cotidiano, o espaço e o tempo se tornam limitantes e agentes limitantes, ou seja, dizer 'sim' para algo é dizer não para outra coisa.

Vamos dar um exemplo. Você está a algumas semanas fazendo uma rotina de ler, no mínimo 5 páginas diariamente, aquele livro que você não quer ler por ser longo demais ou chato/entediante, mas você sabe que é necessário. Em um sábado algum conhecido, bem adorado seu, chega para você, inesperadamente às 16:00, lhe chama para ir ao shopping. Você imediatamente lembra que ainda não leu nenhuma página do livro naquele dia, então cabe a você escolher se diz "sim" e sai com seu conhecido ou se diz "não" fica em casa.

Apesar de ser um exemplo meio chulo e por vezes até batido, elucida a existência de um que um "sim" resulta em um "não", uma vez que dizer sim implica não ler o livro e vice-versa.

A 'dor' de uma escolha.
A escolha muitas vezes está atrelada a sensações de dor e prazer. Nesse sentido, dor seria um sentimento atrelado a uma insatisfação interna, um sentimento de que você está perdendo algo ou que magoou algo ou alguém, já o prazer seria um sentimento atrelado a uma satisfação interna, que você está fazendo o que é certo.

Se guiando por esse exemplo, o sim seria muito mais doloroso do que o não, embora em ambos tanto prazer e a dor seriam vistos. Um "sim" requer um prazer momentâneo enquanto aquele instante estivesse acontecendo de que você está bem ou fazendo bem para alguém, mas não iria demorar para que o arrependimento chegasse e você sentir a dor de ter rompido a rotina de leitura. Já o "não" significa até mesmo a dor de ficar em casa sem companhia e lendo o livro que não quer ler, mas o prazer de olhar que manteve a rotina mesmo em um sábado, que abriu mão de um dia prazeroso por uma tarde entediante e necessária é substancialmente mais forte que a dor desse ato.

Obs:)Não estou dizendo que ler é chato, apenas dei um exemplo!

Aprendendo a dizer "Não":
Existem algumas formas de dizer não, mas elas podem ser resumidas a duas:
1-Não direto e objetivo, onde você simplesmente diz não, como forma de se sair da situação;
2-Não indireto e subjetivo, onde você diz não e justifica a escolha.

Acho que essas são duas formas que irão variar muito a cada momento, pois existem momentos que o não subjetivo é mais útil do que o objetivo.

As justificativas do não podem ser internas ou externas, seguindo no exemplo, a escolha do 'não' poderia ser vistos de diversas formas, tipo:

"Não quero ir!"
"Não posso ir, pois me deram um livro que devo ler!"
"Não posso ir, pois estou numa rotina diária de leitura de livros!"
Qualquer um desses trará o mesmo impacto, o da escolha do não. A diferença está no poder e protagonismo associado a cada um. No primeiro, você simplesmente se desfez da situação, o segundo colocou terceiros como impeditivos e no terceiro colocou você como agente de suas escolhas.

As justificativas que fomentam a escolha, não deve ser convincente interiormente falando, você deve estar convencido/a de que tomou as decisões certas, caso contrário as oportunidades de escolhas vão surgir e dificilmente saberá qual a certa para se tomar.

Reflexões múltiplas.
Crie um objetivo centralizador de suas ações, com planos, atitudes e metas muito bem delimitados. Um post antigo, fala sobre metas e outro sobre ação massiva que podem lhe ajudar.

Tenha convicções de onde quer chegar e o que é preciso, tenha foco, motivos e conheça o que vai lhe aproximar ou afastar do que deseja. Dê o devido valor a suas escolhas, ações e seu tempo, beleza? Saiba que tudo que importa não é momentâneo, tenha consciência de que escolhas prazerosas, nem sempre irão ser boas. Use de toda sua inteligência, para saber discernir o que deve ser feito, por exemplo, saber que o certo é não ir, para que se mantenha a rotina de leitura diária, então escolha conforme o que é certo.

Faça sempre o que é certo, não importa se o sucesso demorar algumas horas, dias, semanas, meses ou anos. O certo é absolutamente certo sempre, o que implica que recompensas virão, por que o certo é certo e o universo valoriza o certo, tenha crenças e escolhas conscientes, primeiro deve se convencer para convencer os outros, ok?

Tenha autoconfiança.
Confiar em si mesmo é algo enormemente empoderador e libertador, ela tem a capacidade de transformar tudo, ela é quem vai ter a capacidade de agir, mesmo em momentos múltiplos, ela te faz acreditar que o que faz é certo, mesmo nas decisões mais difíceis da vida, ela é a própria âncora individual que Deus nos deu. Use-a sem moderação, a confiança nos faz ter escolhas mais rápidas e mais assertivas. Acredite que é capaz, conheça seu potencial!

Reflexão final.
Muitas vezes temos medo, de agir, de começar, de dar o primeiro passo. Saiba que ele é o mais difícil, começar é difícil porque não sabemos o que irá acontecer, sair do comodismo é complicado, pois partimos de um algo que conhecemos de mais para algo que conhecemos de menos, mas o medo é algo que só se sente enquanto está parado, já pensou nisso?

Imagine-se na fila da montanha russa ouve gritos, vê curvas malucas, móveis em alta velocidade... Assustador, te faz ter medo não é? Mas depois que entra, surge a adrenalina, surge o sentimento de que você está se divertindo e gostando. Aí você grita como forma de liberar esse sentimento (ou para assustar quem está fora... paciência), mas é isso o medo só acontece quando está parado.

Por fim, não tenha medo de se jogar, de escolher o que quer fazer, de ser a gente, de sua própria história, de ser ícone das suas escolhas. Ou seja, não fique parado olhando pro ontem, faça hoje, veja hoje, erre hoje, deixe o medo pró ontem (pois já é história) e o sucesso pro amanhã (por ser consequência de seus atos). Hoje são suas escolhas e seus atos que te levarão para o sucesso de amanhã!