Olá, bom dia, boa tarde, boa noite, boa madrugada... Como estamos? Estamos bem? Espero que sim, antes de tudo quero falar um pouco sobre tudo isso. A pandemia (que recentemente já está sendo considerada pandemia) tem atraído consigo diversas coisas, pensamentos, vontades... Certos sentimentos que já não cabem mais em mim e por isso recorro ao meu principal refúgio "A ESCRITA" nela eu consigo colocar tudo o que quero, penso, tento, falhas e acertos, algo extremamente revigorante!
Recorrendo ao meu caderninho de escrita eu vi uns poemas meus antigos e pensei "Eu ainda sinto isso! Será que é um sentimento isolado?" Algo me diz que não é por isso que hoje tô criando esse conjunto de posts, para trazer alguns poemas, o primeiro é o poema "Sentir" escrito em 2017.
O poema:
Sentir:
Eu sinto que vou morrer.
Eu sinto que não vale mais a vida do querer.
Eu sinto que perdi o meu ser
para as ilusões do que é ter.
Eu sinto que já não sei mais o que é viver.
Não sinto mais o que é estar acompanhado.
Não sinto mais os sabores da comida.
Não sinto mais a beleza do que é contemplado.
Não sinto mais o colorido da vida.
Sinto sim, a escuridão do que é sentido.
Perdido num corredor das trevas com a risada esquecida.
O mundo de repente me olhou.
Porém, não são os olhos de quem quer ajudar.
Todas vocês que me olharam, me julgaram e me condenaram.
CULPADO! condenado para ser eu mesmo e meu caminho trilhar.
Condenado para viver aquilo que tu escutou.
INVISÍVEL! INVISÍVEL! INVISÍVEL!
Ninguém falou comigo, nem perguntou o que eu queria.
INSENSÍVEL! INSENSÍVEL! INSENSÍVEL!
Ninguém jamais se preocupou com o que eu sentia.
INATINGÍVEL! INATINGÍVEL! INATINGÍVEL!
Sempre estive naquele status que ninguém queria chegar.
Querem dizer que sou radical.
Sinto que minhas ações são erradas.
Se eu não estou errado? Quem seria?
Desculpe caro leitor, mas esse poema é aliado das pobrezas de meus sentimentos.
Marcas, atuais e em mim, desse poema:
Esse poema escrito em Janeiro de 2017, atrai consigo muitas lembranças, partes da minha vida que ainda são dolorosas para mim, era poucos dias depois do meu aniversário, meu relacionamento com meus pais não era nada positivo, estava a 6 meses numa cidade que parecia que todos na rua me odiavam, numa turma da escola que ninguém queria se aproximar... Eu era diferente, anormal, talvez até o erro? Não sei direito mais o que e nem como lidar com tudo isso, mas o tempo passou e tratou de ajeitar tudo conforme suas conformidades.
Olho para esse poema e lembro de todos aqueles olhares, de todos aqueles dias, me sinto com todos aqueles sentimentos. E se você assim como eu sofre por alguma coisa ou se julga de mais, acredita que está sempre errado (errada), acha que todos estão lhe condenando. Respire fundo, mantenha a tranquilidade e faça aquilo que acredita ser o certo, melhor se julgar por ter feito o certo do que se condenar pelo errado. Vai por mim, não adianta se cobrar tanto, por coisas que fogem ao seu controle.
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