Sentimetos durante a pandemia #2.
Texto escrito em 22/05/2021.
No post anterior conversamos sobre , o que é estados sentimentais, como eles se dão e refletimos sobre sua atuação em tempos de epidemia. Agora venho propor algo que segue nessa linha. Como saber que é tempo de mudança? Como saber se é hora de manter, mudar ou buscar ajuda? Particularmente acredito que seja algo muito particular, mas vamos fazer reflexões.
Avalie seu estado presente
Como você está hoje? Como você se vê hoje? Como está seu relacionamento consigo mesmo? Você fala consigo mesmo? Você se cumprimenta? Se dá um bom dia? Tira o dia para ser só você e você mesmo? Se for de sua crença, como está seu relacionamento com Deus? Sabia que falar com Deus é sobretudo se conhecer para saber o que pedir e o que agradecer?
Enfim, quem você é hoje? O que você faz hoje? Qual a motivação que sustenta sua ação? Qual racionalidade dá base para aquele que você é hoje? É fácil, difícil ou normal responder ou buscar respostas para essas perguntas? Se está sendo pouco normal, repense suas ações e pense naquilo que você pensa, talvez esteja distante de si mesmo/a. Se foi difícil, deve refletir sobre suas dificuldades, o que o afasta de si mesmo?
Estaria na hora de pensar em mudar?
Talvez, nossa sociedade esteja a cada dia querendo e cobrando ainda mais de nós. O que deixa dificultoso com que encontremos brechas para pensar em nós mesmos para refletir sobre o que fazemos e quem somos. Às vezes, nos tornamos vilões de nós mesmos, queremos tanto ajudar, nos sentir úteis, ouvir de outros, que esquecemos o que é mais importante e valioso: O AUTO RECONHECIMENTO. Se isso é certo para você ou se está se sentindo mal por não estar sentindo que nada que você faz é útil, valioso ou certo. Então talvez seja a hora de mudar.
Como funciona a mudança de um estado?
A mudança é feita por um processo de mudanças que vão para o cérebro e do cérebro para a vida, requer constância, gatilhos repetitivos e escolhas. Separei algumas dicas para lhe ajudar:
-Avalie seu 'aqui' e 'agora';
-Conheça seu 'Estado presente': vícios, manias;
-Defina onde quer chegar, seja plausível com suas condições físicas, financeiras e geográficas;
-Conheça evidências de que isso é realmente possível e o que pode vir a dificultar;
-Conheça comportamentos e conhecimentos necessários para alcançar o que deseja;
-Perceba impeditivos: Ambientais/geográficos, internos e biológicos;
-Veja modelos de excelência e os adapte às suas necessidades;
-Tenha confiança, autoconhecimento e constância.
Estaria na hora de pedir ajuda?
Então se tudo o que você faz ou fez, não é suficiente para o reconhecimento interno. E, se encontrar está cada vez mais difícil ou distante, levante a hipótese de pedir ajuda e não tenha medo ou vergonha disso. Vergonhoso seria compreender que precisa de ajuda e por medo ou hiper valorização de seu orgulho não pedir ajuda e manter esse sentimento que lhe maltrata internamente até resultar em estágios maiores como depressão.
Uma reflexão minha sobre o valor do abraço.
Em 2004, o australiano Juan Mann, que vivia em Londres, viu sua vida virar de cabeça para baixo e precisou voltar para Sydney, sua cidade natal. Mas, ao chegar no aeroporto, ninguém estava lá para recebê-lo. “Tudo o que eu tinha era uma mala cheia de roupas e um mundo de problemas”, disse Mann. O episódio fez com que ele decidisse iniciar, no dia 22 de maio, uma ação de abraços grátis (a famosa free hugs). Ele escreveu as palavras em um papelão e foi até o ponto mais movimentado da cidade. Após alguns olhares desentendidos, pessoas começaram a aceitar a oferta. A ação chegou a ser banida pelas autoridades locais, o que não impediu Mann de ganhar fama. Certo dia, um dos interessados no abraço foi o líder da banda Sick Puppies, que o chamou para gravar um videoclipe. O vídeo viralizou e a iniciativa se popularizou pelo mundo todo. Um abraço pode ajudar (e muito) a saúde. Essa demonstração de afeto libera um hormônio chamado ocitocina, que alivia o estresse. Além do bem-estar emocional, o abraço pode reduzir dores físicas, pois atua em uma área no cérebro que libera substâncias analgésicas.
Um abraço é valioso, um abraço é demonstração de carinho, um abraço apertado é muitas vezes o que mais precisamos para sair de uma situação difícil, de matar a saudade. É um gesto que diz muito mais que mil palavras, um movimento que diz "Calma eu estou aqui"; "Calma pode contar comigo"; "Calma confio em você"; abraço é uma forma de se mostrar frágil diante dos braços dos outros por confiar que esse outro é alguém que está contigo, que é seu amigo verdadeiro.
Viva o abraço, viva o carinho, viva o afeto, viva o amor verdadeiro que não precisa de palavras. Um amor verdadeiro que um simples e complexo abraço que já compensa. Um abraço virtual para você que chegou até aqui.